domingo, 22 de março de 2009

Papo de Consumidor - As empresas e o consumidor atual


A dificil missão das empresas em se adaptar a consumidores que pesquisam sobre o produto que desejam comprar.

É só andar por aí em busca de um produto ou um serviço e logo percebemos a falta de preparo e ausência de informação dos vendedores e empresas de modo geral.

Como exemplo disso posso falar da minha peregrinação por algumas lojas de informática em busca de um Netbook ou Mininotebook, ou seja, eu só estava querendo comprar um Notebook pequeno e leve para o trabalho do dia a dia, que tenha até umas 10 polegadas e um boa capacidade de processamento e queria encontrar uma empresa em que eu pudesse avaliar melhor isso, vendo a máquina e escutando do vendedor algumas idéias e até mesmo avaliações do aparelho, e se não fosse pedir muito (o que óbiviamente descobri que era sim), gostaria que alguém me perguntasse, para que tipo de trabalho você precisa desempenhar com estes aparelho? para então eu ter certeza que ele ia fazer diferença na minha.


O que encontrei foi somente algumas informações técnicas do aparelho, do tipo: capacidade do processador, memória e tamanho da tela. O que foi insuficiente para decidir se iria comprar ou não. Quando perguntava sobre novos aparelhos, mais modernos e atraentes, alguns que até mesmo já tinha visto em sites, em fóruns de discussão e blogs espalhados por ai, simplesmente ouvia um cri-cri, lá no fundo, demonstrando que o vendedor que estava na minha frente sabia menos que eu. É triste mas é verdade.


No final, vemos que os vendedores não sabem vender os benefícios de um aparelho, somente comentam sobre coisas técnicas, que com 2 minutos de leitura das especificações do aparelho qualquer um já pode saber.


Quem parar para pensar um pouco vai saber que este tipo de aparelho não se encaixa para todo mundo e nem para todos os tipos de tarefas e necessidades, existem algumas restrições que devem ser observadas antes de comprar um modelo deste (um netbook), para evitar arrependimentos futuros e prejuízo financeiro (Comentarei mais a fundo sobre os usos de um netbook no próximo post, e é claro que quero a colaboração de todos).


Voltando a falar sobre o atendimento nas lojas. A questão aqui na verdade é a seguinte, como em uma loja de informática (ou o vendedor que nos atende) não conseguimos melhores explicações sobre o funcionamento do aparelho, suas vantagens e desvantagens e os benefícios que pode nos dar? Não saber explicar o melhor jeito de adaptar as novas tecnologias as necessidades do consumidor em pleno ano de 2009? É um pouco estranho isso não?


Hoje em dia, embora existam exceções, antes de comprar um produto, o consumidor busca muitas informações, não somente informações técnicas do fabricante ou em manuais, mas também em Blogs que falam de consumidor para consumidor ou Blogs técnicos que não sejam vinculados a marcas.

Os novos consumidores buscam informações de pessoas que usaram estes produtos em fóruns e outros locais de postagens, pessoas que dividem os prazeres e as angústias de suas aquisições.


Estas opiniões além de serem muito importantes para a decisão de qual máquina comprar, também são fator decisivo para o usuário comprar ou não, pois ele pode simplesmente esperar um melhor momento para comprar o produto, que pode se adequar as suas necessidades pelo próprio processo de melhoria tecnológica. O consumidor pode através das informações colhidas, entender que o produto em questão ainda não atingiu sua maturidade e que mais tarde terá um produto mais útil.


Além de produtos, isso também se estende a serviços, a investigação de um tipo de serviço é essencial para a escolha do mesmo, a opinião de várias pessoas sobre uma empresa prestadora de serviços é de suma importância na hora da escolha, ouvir sobre as experiências de pessoas que já utilizaram um serviço pode mudar completamente a decisão de compra do consumidor.


Esse tal consumidor 3.0 que tanto falo, é um consumidor com novas necessidades, é algo novo no mercado, e acredito que tudo e todos passamos reciclagens constantes, o que trás novas necessidades ao mercado. Será que é preciso inventar um termo para dizer que as coisas de ontem já não são como as de hoje?


Pensem nisso e acrescentem suas idéias nos comentários.

3 comentários:

  1. Oi Paulinho,
    Concordo em gênero, número e grau com você.
    Isso é uma coisa que tem me incomodado muito. Não só a falta de informação, mas também a falta de comprometimento com o consumidor. A falta de respeito. Não somos os tolos que eles gostariam de acreditar que somos. Um exemplo desse descaso está na compra de remédios. Você já reparou que sempre tentam nos empurrar o que há de mais caro? Já tentou fazer uma pesquisa de preço, sobre o mesmo produto, em estabelecimentos diferentes? E isso sem falar nos genéricos, hein. Às vezes eu me sinto como uma refém dos comerciantes, que não tem informações precisas, que não são claros em suas vendas, é cansativo ter que travar uma batalha a cada vez que preciso comprar alguma coisa, porque o vendedor, ao invés de ser o cúmplice do meu consumo, é um adversário de quem eu tenho que me proteger.
    Estou revoltada com isso. Os vendedores tinham que ser nossos maiores parceiros, nossos melhores amigos, aquele que tenta fazer a melhor venda para o cliente, que satisfeito, volta a procurá-lo. E não é isso o que acontece.
    Deixo aqui o meu voto de protesto.
    Muito obrigada pelo espaço para o desabafo.
    beijos,
    Dani

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  2. Eita, cadê o post novo?????
    Parece até que tá trabalhando, que tá ocupado demais para passar o dia aqui postando artigos !!!!
    Passo outro dia então, né.
    beijos,
    Dani

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